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Cuidado com essa queimação...
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Cuidado com essa queimação...

Por: Dr. Marcos Vinicius Zanchet em 05/01/2021 | ícone Tag  Medicina

Uma em cada duas pessoas apresentaram sintomas atribuíveis à Gastrite em algum momento da vida. A estatística é realmente elevada, o que evidencia a necessidade de entendermos melhor essa doença.
O Dr. Marcos Vinícius Zanchet, especialista em cirurgia do aparelho digestivo, salienta que a Gastrite merece muita atenção e que a informação é fundamental. “Gastrite significa inflamação da mucosa gástrica, ou seja, a camada de revestimento mais interna do estômago. Entre as causas mais comuns estão a infecção pela bactéria H. pylori e o uso de medicamentos anti-inflamatórios, que respondem por mais de 90% dos casos agudos. O uso de álcool e outras substâncias também podem provocar gastrite”, detalha.

Há duas formas da doença: aguda e crônica. “As agudas têm instalação rápida, com sintomas mais intensos e mais facilmente percebidos pelos pacientes. As formas crônicas muitas vezes são mais silenciosas e podem provocar sintomas menos evidentes ou mesmo não provocar sintomas”, detalha.

Por isso, é preciso cuidados com a doença e um diagnóstico e um tratamento adequados. “A bactéria H. pylori é a grande responsável por ambas as formas de gastrite. Ela pode sobreviver no interior do estômago por anos, causando um processo contínuo de inflamação da mucosa. Sabe-se hoje que existe associação da bactéria com o câncer gástrico e que a sua erradicação pode reduzir a incidência dessa doença”, justifica.

Tratamento

Uma vez identificada a doença, o tratamento é feito com medicações antiácidas, que permitem a recuperação da mucosa gástrica de forma mais rápida. Segundo o cirurgião, em muitos casos, é necessário o uso de antibióticos para eliminar a bactéria. “O uso de algumas medicações e de certas substâncias deve ser desencorajado e uma alimentação específica pode ser instituída em algumas situações. Cada caso deve ser avaliado em particular e o tratamento instituído deve ser individualizado”, reforça.

Prevenção

Mas, o que todos queremos é fazer parte dos outros 50% das pessoas que não irão precisar de tratamento. Para isso, o médico revela que é preciso apostar na prevenção.
A bactéria H. pylori é a responsável por quase 80% dos casos de Gastrite e sua incidência está diretamente ligada às condições socioeconômicas e ambientais. Isso significa que a melhor forma de evitar a doença é ficar longe da contaminação, que ocorre principalmente pela ingestão da bactéria.
Entre as principais ações preventivas, podemos citar: a lavagem das mãos antes das refeições, após frequentar banheiros e após contato com animais; a higienização de alimentos, frutas e hortaliças; e a ingestão apenas de água tratada ou fervida. “Deve-se evitar o uso de medicamentos que causem gastrite, além de evitar o álcool e o tabaco e reduzir a ingestão de alimentos que podem piorar os sintomas, em especial aqueles contendo cafeína, gorduras, e altos teores de sal, ácidos, açúcar e condimentos”, indica o especialista.


 
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